A morte chega cedo
A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E a tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.
Fernando Pessoa
11-9-1933
Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995). - 175.
Fonte: http://arquivopessoa.net/textos/2254
Soube há pouco da triste notícia. Aproveito o vosso blogue para me associar ao pesar de todos nessa Escola.
ResponderEliminar"A morte é de certa maneira uma impossibilidade que de repente se torna realidade" Johan Wolfgang Von Goethe"