De
Fausto ao casamento
Em 1872, foi
publicada a tradução do Fausto, de Goëthe, feita por António Feliciano de
Castilho, que gozava de grande reputação como educador e escritor. O jovem
Joaquim de Vasconcellos insurgiu-se contra os erros e a forma menos cuidada de
tratar uma obra universal. Estalou a polémica. Uns posicionaram-se a favor do
velho escritor e outros, do lado do jovem Vasconcellos. Certo é que saíram à
liça escritores como Camilo Castelo Branco, Pinheiro Chagas, Antero de Quental,
Adolfo Coelho e muitos outros. Foi tal a repercussão do caso, conhecido por"
Questão do Fausto". Carolina Michaëlis, com pouco mais de vinte anos,
tomou conhecimento dele e resolveu escrever uma carta a Joaquim de Vasconcelos.
Este respondeu. E sucederam-se outras cartas. Joaquim foi diversas vezes a
Berlim, onde gostava de se passear com o seu capote alentejano. Depressa
descobriram haver, entre ambos, mais do que afinidades pelas coisas da cultura
portuguesa.
Em Março de 1876,
casaram em Berlim. Depois de uma viagem de núpcias pela Europa, foram viver
para o Porto, para a Rua de Cedofeita. Viveram no n° 150 e depois no n° 159,
onde a Câmara Municipal mandou colocar uma placa evocativa, recordando que ali
viveu a insigne mestra.
Para saber mais
0 comments:
Enviar um comentário