E se Abril ainda estivesse por fazer?

Imagina que acordas e, antes de sair de casa, tens de pensar bem no que vais dizer na escola.

Imagina que não podes escolher o livro que queres ler, nem ouvir a música que gostas.

Imagina que o silêncio pesa tanto que até a tua opinião começa a desaparecer.

Agora imagina que, numa madrugada, ouves passos apressados.

E os passos não trazem medo.

Trazem sorrisos.

Trazem flores.

Trazem gritos guardados no peito.

Trazem liberdade.

Essa madrugada aconteceu. Foi a 25 de Abril de 1974.

E não está assim tão longe como parece.

Nessa madrugada, muitos dos que saíram à rua não sabiam o que ia acontecer. Os soldados que ocupavam os quarteis e as estações de rádio tinham ordens, mas tinham também dúvidas. A revolução não nasceu feita — foi sendo construída, passo a passo, por quem acreditava que um país podia ser mais justo, mais livre, mais de todos.

Não foi uma revolução perfeita. Mas foi um começo.

E é esse começo que, todos os anos, celebramos.

Não por hábito.

Mas porque a liberdade — tal como a imaginação — precisa de ser vivida, partilhada, protegida.

Sabias que…

• Muitos dos jovens militares que lideraram o movimento tinham pouco mais de 20 anos?

• As pessoas que saíram à rua não sabiam ao certo se seria perigoso — mas foram na mesma?

• Uma das canções que serviu de senha para a revolução passou na rádio porque o censor, nesse momento, estava distraído?

Poderíamos falar do cravo, claro. Da música. Das imagens que todos conhecem.

Mas Abril é mais do que símbolos.

É memória viva.

E, mais importante ainda: é escolha.

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E hoje?

Hoje, podes partilhar ideias sem medo.

Podes discordar, protestar, criar.

Podes ser quem és.

E se não puderes — então Abril ainda está por fazer.

Por isso, deixamos-te um convite:

Se tivesses vivido essa madrugada, o que terias feito?

E se a liberdade voltasse a estar em risco… como a reconhecerias?

Podes escrever, desenhar, gravar, imaginar.

A biblioteca é o lugar onde a liberdade tem sempre espaço.

Aqui, o futuro também se escreve com cravos.

Para continuar a viver Abril, com olhos e ouvidos atentos:

Celebrar o 25 de Abril também pode ser sentar-se no sofá e ver (ou rever) histórias que contam o que foi essa madrugada — e tudo o que veio depois. Para quem quiser aprofundar, emocionar-se ou apenas conhecer melhor, aqui ficam algumas sugestões:

• Como era Portugal antes da Democracia? - extratos da série Portugal, um Retrato Social,

de António Barreto e Joana Pontes - Como era Portugal antes da Democracia?

• "Portugal 74-75" - O retrato do 25 de Abril - "Portugal 74-75" - O retrato do 25 de Abril

• Capitães de Abril (2000, de Maria de Medeiros) – Um filme ficcionado, mas fiel no espírito, que dá rosto e emoção à revolução - Capitães de Abril (2000) - Vídeo Dailymotion

• As Armas e o Povo (1975, Colectivo Grupo Zero) – Documentário com imagens reais dos dias da revolução, gravado nas ruas de Lisboa. As Armas e o Povo (1975)

• 25 de Abril – Uma Aventura para a Democracia - 25 de Abril - Uma Aventura Para a Democracia - Vídeo Dailymotion

• Zeca Afonso – Maior que o pensamento: Liberdade (documentário RTP) – Programa documental de caráter biográfico dedicado à vida e obra de Zeca Afonso. Maior que o pensamento: Liberdade – RTP Arquivos

• A Mordaça – Documentário sobre a Censura em Portugal. A Mordaça – RTP Arquivos

• Torre Bela (1977, de Thomas Harlan) – Um documento único sobre o processo revolucionário no campo, e a ocupação de terras por trabalhadores rurais.

• Portugal, Um Retrato Social - Portugal, Um Retrato Social - Gente diferente (episódio 1)

Porque a liberdade também se aprende vendo, ouvindo, pensando — sem que ninguém dite como deve ser comemorada.

Abril é de todos. E está sempre a acontecer.

 

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DIA DA TERRA 🌍♻

ABRIL é o mês da Terra. E a Terra precisa de ti. Sim, de TI.
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Informação Extra
Artigo sobre sustentabilidade: Descobre a tua pegada de carbono com LifestyleTest! -
Notícias - DECOJovem, Consumidores para o Futuro
 

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Exposição "Evolução da Tecnologia"

No âmbito do desenvolvimento curricular de Educação Tecnológica, 3.º ciclo do ensino básico, o docente do Grupo 530, Ricardo Garcia, organizou, nas bibliotecas escolares da escola sede do agrupamento e da EB Irene Lisboa, uma exposição sobre tecnologia, na qual procurou documentar a evolução da tecnologia.

No Dia do Agrupamento, 4 de abril, foram expostos os mesmos dispositivos no Salão Nobre, para divulgação, entre outros, métodos de leitura/ escrita em diversos suportes. Esta exposição foi dinamizada pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas do Agrupamento, a quem são prestados os devidos agradecimentos.

 

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Apresentação do livro "O Rapaz do Pijama às Riscas"

Apresentação do livro "O Rapaz do Pijama às Riscas" por alunos da turma 8Cc, orientados pela docente de Português, Maria João Torrão, na Biblioteca da escola sede.

Este livro é uma obra escrita por John Boyne, publicada em 2006, que se tornou amplamente reconhecida e traduzida para várias línguas. A história é ambientada durante a Segunda Guerra Mundial, com o Holocausto como pano de fundo, e é contada através da perspetiva de uma criança, o que lhe confere uma abordagem única e emocionalmente impactante.

Temáticas Abordadas

Inocência Infantil: O livro explora como as crianças percebem o mundo, muitas vezes sem compreender a complexidade e a crueldade dos eventos ao seu redor.

Amizade: A relação entre os dois protagonistas, de mundos completamente diferentes, destaca a pureza e a força dos laços humanos.

Preconceito e Desumanização: A obra reflete sobre os horrores do Holocausto e como o preconceito pode levar à desumanização de pessoas.

Família e Moralidade: Também aborda os dilemas morais enfrentados por aqueles que viviam sob regimes opressivos.

Atualidade do Contexto

Embora a história se passe durante a Segunda Guerra Mundial, os temas abordados continuam extremamente relevantes. Questões como preconceito, empatia e a importância de compreender o outro são universais e intemporais, ressoando em qualquer época, incluindo a atualidade.

Nesse sentido pode dizer-se que existem histórias que nos mudam, que nos ensinam sobre o mundo e sobre quem somos. "O Rapaz do Pijama às Riscas" é uma dessas histórias. Não é apenas um livro – é um convite para refletirmos sobre o impacto das escolhas, o valor da amizade e as lições que a História nos ensina. É uma obra que, através do olhar inocente de uma criança, revela como a empatia e a humanidade podem florescer, mesmo nos cenários mais difíceis.

Este livro leva-nos a um período da história que jamais deve ser esquecido, onde escolhas humanas deram lugar ao preconceito, à injustiça e ao sofrimento. Mas não se trata apenas de olhar para o passado. A leitura é uma ponte para compreender como o mundo pode tornar-se melhor quando aprendemos com os erros e valorizamos a bondade.

• Sabias que, mesmo em tempos de grande adversidade, a amizade e a empatia podem surgir e transformar vidas? Este livro é um testemunho do poder desses laços.

• O que este livro nos ensina é que as escolhas que fazemos podem ter consequências duradouras – positivas ou negativas. Que tipo de escolhas estamos a fazer hoje?

• Ao mergulhares nesta história, vais perceber como é importante lutar contra o preconceito e defender aqueles que não têm voz. Todos temos um papel na construção de um mundo mais justo.

Tal como na história, o preconceito e a exclusão ainda existem. Este livro ajuda-nos a perceber como cada gesto importa e como podemos combater essas situações na nossa vida diária.

É fácil ignorar os problemas dos outros. Mas este livro mostra como olhar para além das aparências e aprender a entender o outro é essencial para construir relações e comunidades melhores.

Se não aprendermos com a história, podemos repeti-la. Este livro é um alerta para nunca esquecer e para estar vigilante contra qualquer forma de injustiça.

Convite à Leitura

Este livro não é sobre medo, é sobre compreensão. É sobre lembrar para que nunca repitamos os erros do passado. Convido-te a embarcar nesta leitura e descobrir como uma amizade pode desafiar todas as barreiras. Vais perceber que o essencial para mudar o mundo começa em ti.

Estás pronto/a para abrir os olhos e o coração?

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Apresentação do livro "O pintor debaixo do lava-loiças" na Semana da Leitura

Sabias que este livro fala de um jovem que encontra na arte uma forma de se expressar e descobrir quem é? Talvez te identifiques com essa busca por identidade e paixão.

A história mostra como a arte pode ser uma forma de resistência e força em tempos difíceis. Não achas que isso é algo que todos podemos aprender?

O livro também te faz pensar sobre o que realmente importa na vida. É uma leitura que te desafia a ver o mundo de forma diferente.

Tal como o protagonista, muitos adolescentes hoje procuram formas de se expressar e afirmar quem são, seja através da arte, música ou redes sociais.

Os desafios enfrentados pelo protagonista podem ser comparados às dificuldades que os jovens enfrentam atualmente, como pressão social, ansiedade ou mudanças rápidas no mundo.

A arte, tal como no livro, continua a ser uma forma poderosa de os adolescentes canalizarem emoções e encontrarem propósito.

"O Pintor Debaixo do Lava-Loiças" é mais do que uma história – é uma viagem pela arte, pela filosofia e pela força de superar desafios. Afonso Cruz convida-te a descobrir como a criatividade pode transformar vidas e como a busca por identidade é uma aventura que todos enfrentamos. Se gostas de histórias que te fazem pensar e sentir, este livro é para ti. Junta-te ao protagonista nesta jornada inspiradora e descobre o poder da arte e da resiliência.

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Camões em notas de flauta e voz

Na biblioteca escolar, viveu-se um momento especial durante a Semana da Leitura. Os alunos do 2.º ciclo, com o apoio da docente Conceição Leite, de Educação Musical, deram vida aos versos de Camões através da música de Zeca Afonso. Com flautas nas mãos e vozes afinadas, encantaram quem assistiu, mostrando que a poesia também se sente e se ouve. Foi uma forma diferente e muito bonita de homenagear o nosso maior poeta, cruzando palavras intemporais com melodias que tocam o coração. Um momento simples, mas cheio de significado, que ficará na memória de todos.

Um agradecimento especial à professora de Educação Musical pelo empenho na preparação da atividade e aos alunos participantes, pelo entusiasmo e talento com que a levaram a cabo.

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